terça-feira, 22 de março de 2011

Procura-se

Adiberto de Souza

       E a Prefeitura de São Cristóvão ainda não sabe o paradeiro do falso artista plástico que deu um “tombo” no erário sancristovence. O malandro chegou na cidade prometendo fazer uma estátua de Senhor dos Passos e convenceu o prefeito Alex Rocha a fazer um adiantamento de 30%. Com o dinheiro no bolso, escafedeu-se. Pior é que na Prefeitura sabe-se apenas que o malandro se chama Teixeira e mora em Feira de Santana. Só com essas pistas fica difícil localizá-lo. Se pelo menos o safado usasse sandálias Havaianas e gostasse de picolé de coco!
 
Fonte: www.infonet.com.br/adiberto/ler.asp?id=111089&titulo=adiberto

segunda-feira, 21 de março de 2011

A MUSEALIZAÇÃO DO PATRIMÔNIO SAGRADO: O EX-VOTO COMO RESULTADO DA PROMESSA ALCANÇADA*

          Autoria:  Cláudio de Jesus Santos**       
                   Wesley Nascimento Barbosa***

 




A Procissão do Senhor dos Passos pode ser compreendida como um elemento significativo na composição do Patrimônio cultural sergipano, manifestada na teatralização do seu ritual e concretizada na produção dos seus ex-votos musealizados no santuário da Igreja do Carmo Menor, espaço concebido como um museu.
Para entender com amplitude a importância da Procissão, mais especificamente os ex-votos, a partir de um olhar patrimonial é imprescindível esclarecer alguns conceitos aqui utilizados. Sendo o primeiro deles o de patrimônio.
De acordo com Françoise Choay, numa definição clássica relacionada à origem da palavra, é possível defini-la a partir de sua ligação com as estruturas familiares, econômicas e jurídicas de uma sociedade estável, enraizada no tempo e no espaço. Sendo hoje requalificada por diversos adjetivos (CHOAY, 2001).
É dentro dessa requalificação que se insere o adjetivo de patrimônio cultural, termo emergente, o qual está relacionado ao

[...] legado que recebemos do passado, vivemos no presente e transmitimos às futuras gerações (...) fonte insubstituível de vida e inspiração, nossa pedra de toque, nosso ponto de referência, nossa identidade, sendo de fundamental importância para a memória, a criatividade dos povos e a riqueza das culturas (UNESCO, 2007).
Partindo dessa definição de patrimônio cultural, podemos então perceber a importância da preservação dos ex-votos, entendidos como um testemunho de dimensão social relacionado à fé católica. Resultado de uma promessa cumprida em troca de uma graça alcançada.
Para o Museólogo José Cláudio Alves de Oliveira, professor do Departamento de Museologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e coordenador do projeto Ex-votos do Brasil

[...] os ex-votos [...] são documentos. Exposições provocadas por todo o tipo de pessoas- camponeses, trabalhadores, desempregados, turistas, estudantes, ricos e pobres. Refletem a crença, a fé e as atitudes do homem da vida, da doença, da morte, da ambição, da festa, de variados valores sociais, políticos e econômicos. Ao manter (e atualizar) a tradição, essas pessoas se espelham no costume de ir a um ambiente do povo rezar e fazer a desobriga (OLIVEIRA, 2009, p.31)
Daí se explica a importância da sua musealização, como forma de capturar essa realidade, a qual, por definição, segundo Waldisa Rússio (199?), implica na preservação dos testemunhos do homem e do seu meio, traços, vestígios ou resíduos que tenham significação, preocupando-se com a informação trazida pelos objetos em termos de documentalidade e testemunhalidade.
Sob a ótica de Ivo Maroevic (1997), a razão da musealização do patrimônio cultural é movida pelo valor da musealidade, representada pela propriedade que tem um objeto material de documentar uma realidade, através de outra realidade: no presente, é documento do passado, no museu é documento do mundo real, no interior de um espaço é documento de outras relações espaciais.
Sendo assim, ao reconhecer a importância da preservação dos ex-votos dentro da sua realidade, que se concretiza com a sua musealização, a Ordem Terceira do Carmo não está preservando apenas a materialidade das promessas alcançadas por parte dos romeiros da Procissão do Senhor dos Passos – ainda que seja essa a primeira intenção –, ela preserva também juntamente com os ex-votos toda a imaterialidade dos traços culturais do povo sergipano que se manifesta através da sua devoção a um patrimônio que também é sagrado.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHOAY, Françoise. (2001). A Alegoria do patrimônio. São Paulo: Ed.UNESP

MAROEVIC, Ivo. O papel da musealidade na preservação da memória. Tradução Tereza Scheiner. Texto apresentado no Congresso Anual do ICOFOM – Museologia e Memória. Paris, Zegred, 18 de Febrero de 1997.

OLIVEIRA, José Cláudio Alves de. Forma e conteúdo. Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 4, nº 41, fev. 2009, p. 30-31.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA (2007). Disponível em: . Acesso em: 20 mar. 2010.

RUSSIO, Waldisa. Conceito de Cultura e a sua inter-relação com o patrimônio cultural e a preservação. Instituto de Museologia de São Paulo – FESP. (199?)

*Capítulo do Artigo DA TEATRALIZAÇÃO A MUSEALIZAÇÃO DA FÉ: A PROCISSÃO DO SENHOR DOS PASSOS EM SÃO CRISTÓVÃO/SE apresentado na VII Semana de Ciêcias Sociais da UFS. Realizada entre os dias 13 e 16 de Abril de 2010.

**Graduando em Museologia – Bacharelado pela Universidade Federal de Sergipe e integrante do
Grupo de Estudos e Pesquisas em Museologia, Comunicação, Conhecimentos Tradicionais e Ação Social
(GEMCCTAS/UFS) e do Grupo de Estudos sobre Cibermuseus (GREC/UFBA). E-mail:
opanfletario@yahoo.com.br

***Graduando em Museologia – Bacharelado pela Universidade Federal de Sergipe e integrante do
Grupo de Estudos e Pesquisas em Museologia, Comunicação, Conhecimentos Tradicionais e Ação Social
(GEMCCTAS) do Núcleo de Museologia da Universidade Federal de Sergipe. E-mail:
wesleyevida@hotmail.com

sexta-feira, 11 de março de 2011

Reunião da ACASC e SECTUR


Na última quinta-feira membros da Associação de Cultura Artística de São Cristóvão (ACASC), reuniram-se com a secretária da Cultura e do Turismo de São Cristóvão (SECTUR), Aglaé Fontes. Essa reunião foi convocada pela ACASC com a finalidade de esclarecimento das atividades desenvolvidas no município, no que concerne a fermentação das políticas culturais por parte da secretaria.  
Mas o quer canalizou, indiscutivelmente, foi à escassa participação dos artistas locais no carnaval da cidade. Na reunião extraordinária da ACASC, ocorrida no dia 9 do presente mês, foi frisado pelos músicos e dançarinos a pouca participação de artistas da cidade na programação do carnaval. Diante disto, consolidou-se uma comissão com o caráter de reivindicar maior participação dos artistas nas atividades culturais desenvolvidas na cidade.
Diante do imposto, a comissão foi dialogar com a professora Aglaé justamente para estreitar a relação dos artistas com o poder público. No desenrolar da reunião a secretária destacou a permeabilidade da Secretaria da Cultura e do Turismo em realizar algumas sugestões da ACASC, apresentadas na última reunião em janeiro do presente ano, como por exemplo: o início da programação do carnaval na sexta, espaço específico para os comerciantes de São Cristóvão, entre outros. Mas, a comissão não achou suficientes as adaptações decodificadas pela secretaria e sugeriu maior parceria entre os órgãos.
Para tanto, foi apresentado pela ACASC o anseio de membros de reunirem-se com a Ministra da Cultura, Ana de Hollanda, quando a mesma visitar Sergipe neste semestre, especificamente em São Cristóvão. A oportunidade será utilizada para patrocinar a discussão de temas vitais para as políticas de sustentabilidade da Praça São Francisco, como: a revitalização do Rio Paramopama, resgate do FASC, Projeto Cidade Seresta, sinalização turística, políticas de preservação, entre outros.
Com o desenvolvimento e concretização dessas sugestões a comissão acredita que o patrimônio cultural, seja imaterial ou material, será mais valorizado pelos sancristovenses, uma vez, que se acredita na pouca identificação destes moradores com suas potencialidades culturais. Pois, o melhor elemento de salvaguarda é a própria comunidade. Sabendo do poder institucional da SECTUR é que a comissão acredita na possibilidade da suposta reunião.
A ACASC na reunião tomou nota dos projetos que serão desenvolvidos pela Secretaria em 2011 para contribuir com os mesmos. Ficou sabido do interesse da SECTUR em fazer salas de leituras na cidade, portanto a comissão já sugeriu locais interessantes para a execução das salas, como povoados Colônia Miranda, Rita Cacete, Pedreira e Etc.
Foi apresentado pela professora Aglaé Fontes projetos audaciosos e importantes para o desenvolvimento sustentável da cultura sancristovense, como por exemplo: Memorial de São Cristóvão, que será na antiga estação de trem, Biblioteca Infantil, que funcionará no antigo matadouro, cinoteca e cinema mensalmente nos povoados, Conversa com as Marias, este com a finalidade de levar as mães dos alunos para as bibliotecas, entre outros.
Representantes da ACASC vêm desempenhando um comprometimento amplo dos moradores com as questões culturais de são Cristóvão, inclusive já vem reivindicando melhores espaços para os ambulantes e artesões da cidade. Com isto queremos uma cidade melhor.

Justiça Federal condena município de São Cristóvão a restaurar imóvel


      Ao julgar procedente ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE), a Justiça Federal em Sergipe (JF/SE) condenou o município de São Cristóvão a restaurar a fachada do imóvel tombado no qual funciona o Colégio São Cristóvão. A ação tinha por objetivo a defesa do patrimônio cultural brasileiro, representado, no caso, pelo conjunto urbano da cidade histórica de São Cristóvão, tombada pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1967.
     Conforme apurado em procedimento administrativo conduzido pelo MPF, o Iphan constatou a realização de uma reforma não autorizada na edificação, que ocasionou a descaracterização de sua fachada, devido à aplicação de cor diferente do padrão estabelecido para o conjunto urbano protegido da cidade. O procurador da República Rômulo Almeida, responsável pela ação, explica que os imóveis situados em São Cristóvão sofrem limitações no caso de reformas e pinturas, de modo que os proprietários devem respeitar as características originais das construções encontradas no município.
     Na sentença, o juiz federal Rafael Soares Souza, acatou os argumentos do MPF, ressaltando que a administração do município deveria dar o exemplo no que tange à manutenção do patrimônio histórico, tendo, porém, se recusado injustificavelmente a cumprir com as regras de proteção.
     A Justiça Federal fixou o prazo de 60 dias para o município de São Cristóvão promover, dentro dos moldes técnicos estabelecidos pelo Iphan, a restauração da fachada do imóvel do Colégio São Cristóvão, sob pena de multa diária de R$ 500 para o prefeito e de R$ 1 mil para a municipalidade.
      Também foi acolhido o pedido do MPF para que o município seja obrigado a não fazer qualquer nova modificação na fachada do Colégio São Cristóvão sem a prévia autorização do Iphan. Em caso de descumprimento dessa segunda ordem, o prefeito estará sujeito a multa de R$ 5 mil e a municipalidade de R$ 10 mil.


Fonte: MPF/SE

quinta-feira, 10 de março de 2011

Carnaval na Colônia Miranda






Irreverência, alegria, simpatia, criatividade e paz foram os elementos em destaque nos blocos “junto e Misturado” e “Aratu no Pau” da Colônia Miranda.

 O primeiro tem como organizador umas das lideranças da Comunidade, o companheiro Valdere. O bloco existe há dois anos e vem ascendendo gradativamente, no que tange os números dos brincantes, inclusive atraindo pessoas das adjacências como: Rita Cacete, Arame I, comunidade Brasilinha e, especialmente, do centro e Bairros da cidade. 

Já o segundo, com sua denominação muito peculiar, têm a organização dos irmãos Marleide e Cristiano. Este, ao contrario do primeiro, as indumentárias da grande maioria dos participantes são padronizadas.  Também vem crescendo paulatinamente a cada ano.